segunda-feira, 17 de junho de 2013

O Rock é para revoltados

Nasci com duas obsessões e com elas viverei sempre. Uma delas é a música, digo eu que a minha vida podia consistir na procura da melodia perfeita. Aquela que me faz sorrir e ao mesmo tempo chorar. Voces não acham impressionante a forma como a música nos molda? Diz-me o que ouves eu digo-te quem és. Não tenho saco para radio, para o comercial, para o vazio e repetitivo, uma música que só consiste em vender e depois morre enchendo os bolsos de quem menos merece. Não alimentem lixo, gosto de vozes revolucionárias, de gritos de guerra, gosto de pessoas de dedos tortos de tocar guitarra, ou sem fôlego de tocar flauta ou o que for, gosto de pessoas que tenham um sonho e lutem por ele, não importa realmente o teu talento se fores até ao fim da linha. Ouçam Rock, encham o peito de raiva porque o rock é mesmo para isso, para nós, eternos revoltados, porque temos dois palmos de testa e vemos o sistema, as pessoas, a sociedade, ou o odiável governo, a porcaria do consumismo, cantem contra um Deus que nunca nos deu nome, qualquer musica se faz perfeita quando fala da VERDADE. Mesmo que às vezes seja uma verdade só nossa. Ouçam o alternativo, destruam o palco e os bastidores, façam barulho, e nunca se calem nas palavras que acreditam, celebrem o luto. Escrevem letras que dêem que falar, e nunca tenham medo de ir longe demais, pois é quando nos excedemos que somos arte. E a melhor arte, é aquela partilhada pelo mundo inteiro. Digo eu que a minha vida podia consistir na procura da melodia perfeita mas afinal esta não existe. Grandes artistas não morreram em vão, consumiram-se demasiado por querer disfarçar a dor que existe no mundo inteiro, colecionem tatuagens como quem coleciona cicatrizes, lembrem o Ian Curtis com o ódio às costas, a voz de Kurt e o não-querer-saber do Jim . Lembrem os Queen!!! Que no seu grito boémio só fizeram a puta da melhor musica de sempre!!! Uma combinação impossível de ópera e rock. Inspirem-se, procurem no fundo, libertem-se do pior há no vosso intimo, para contruir uma obra prima que vive depois de nós não vivermos mais. Porque todos estes grandes talentos no fundo, não passam de crianças inseguras que sofreram demais, que cresceram numa época incompreensível. Também eu acho que nasci na geração errada. Tenho outra vez 16 e todos os meus trocos são para comprar a bendita Rolling Stone espanhola, estou revoltada com o mundo (e afinal as coisas não mudaram assim tanto eu é que aprendi a disfarçar melhor) e fecho a porta do meu quarto com violência para ouvir Extremoduro e ou explodem as colunas ou explodem os meus ouvidos, ou explode o mundo inteiro na mágoa que aquelas guitarras traduzem. Seja bem vindo o Indie, e todas as evoluções do rock, no fundo somos todos filhos do mesmo pai, não temam o ridículo, oscilem tudo aquilo que é ilegal/imoral. E é por isso que eu digo, o rock and roll é para revoltados. É o nosso grito de guerra, é o nosso não-posso-mais, são os nossos olhos a ver mais do que aquilo que a mente pode processar ou mais que a alma pode abranger. Esta é a nossa forma de não baixarmos os braços, de acordar mais um dia, de viver mais uma mentira. Porque aqui, na nossa música, somos livres, e não precisamos de disfarces. O rock é musica dos delinquentes, dos que não encaixam, dos que são olhados de lado, é sempre associado a drogas e a comportamentos conflituosos, aos distúrbios, eu hoje agradeço por pertencer a este lado.

sexta-feira, 14 de junho de 2013

quinta-feira, 13 de junho de 2013

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Não condeno os erros pois são uma prova que pelo menos tentaste. Mas senão és homem de assumi-los, isso já é covardia... e a covardia não tem cura. Nem remédio.

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Lembrei-me de ti. Lembrei-me que se estivesses aqui não seria tão desequilibrada, lembrei-me de ser pequena e tu grande e do grande amor que trocávamos uma com a outra. Lembrei-me de me falares com o olhar, e tudo o que guardo é a doçura do mesmo… Depois lembrei-me do dia em que te enterramos, do aperto no coração e do não-vou-chorar-à-frente-dos-outros. Mas no momento que o caixão entrou na terra não pude mais guardar as lágrimas. Hoje também não as pude guardar, porque me lembrei de ti. E de como tudo seria diferente se estivesses aqui. Cheira-me a morte por todo o lado e só não sei que fazer para me sentir um pouco mais normal, ou um pouco mais viva, ou mais perto de ti…