quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Prognostico do fim do mundo

Nos não somos assim tão alheios à realidade quanto isso. Mas a nossa fuga é outra e só os verdadeiros prevalecem connosco. Não falamos muito por a comunicação ser meramente musical. Causas sociais, maus tratos, pobreza, abuso do poder, ficamos de coração destroçado por não sabermos ajudar mais. Porque quando olhamos à nossa volta e só vemos mágoa procuramos-nos uns aos outros, tentamos nos abstrair, somos jovens sim mas não inconscientes e achamos-nos livres quando a música nos possui, porque fora da pista de dança somos só pessoas normais, com trabalhos aborrecidos e despesas escusadas. Às vezes encontramos o amor… estranho modo de vida este. No inicio do ano reunimo-nos, falavam de 2012 como se fosse o fim e a verdade é que agora já ninguém lembra isso. Mas não é preciso ser-se perspicaz para perceber que a economia mundial está à beira de um lapso, e se não existisse o dinheiro seriamos todos ricos e espera-se uma mudança, a gota de água, um “Não posso mais” mas que raio se passa com todos nós? Arrumamos nossas tralhas e nossas poupanças, separamo-nos… Rumos diferente pois a vida assim o exigiu, não ficamos e lutamos por um país que não é nosso mais, quem vê futuro, não vê Portugal… Gostamos de ajudar, não baixamos os braços, às vezes desligamos porque também precisamos de espaço. Também fazemos planos, somos jovens mas sabemos que não somos eternos mas as nossas práticas são inofensivas, juntamos-nos e tocamos guitarra, cantamos e também desafinamos mas sentimos, cá dentro, no nosso espaço interior. Praticamos o amor-livre, não importa qual a forma se é amor. Fumamos sim… também bebemos e não é pouco, cometemos certos excessos, e o mal que poderemos vir a causar é só a nós. Não esperamos compreensão, os vossos olhares censuram sem falar. Mas nós não queremos saber… Homossexualidade, racismo, descriminação, a linguagem do ódio, enoja-nos, e esse idioma não sabemos nem queremos falar. Tudo está calmo e sereno e no entanto nós não sabemos que vai ser das nossas vidas. Ainda assim estamos em paz, harmonia com a natureza, as nossas causas elevam de longe os nossos princípios. E se o mundo acabar ou mudar, nós estaremos a dançar.

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